A bem da verdade

AFINCA • 11 de junho de 2014

Alvo de mais um ataque, AFINCA rebate acusações com provas e aproveita para fazer o histórico de um movimento inconsequente e irresponsável.

Nesta quarta-feira, 11, a Associação foi surpreendida com uma moção de repúdio aos diretores da AFINCA por criminalizarem ativistas da base, com data de 10 de junho, assinado por um certo “Plantão/Fenasps” (?), mas com timbre da Federação Nacional de Sindicatos de Trabalhadores em Saúde, Trabalho, Previdência e Assistência Social (Fenasps).

Cheio de imprecisões, o documento aparentemente feito às pressas, diz que a Associação procura “desmoralizar servidores da base publicamente”, assume “o papel de braço do governo e da direção” e que teve “diretores favorecidos pela direção do instituto (sic) na distribuição de vagas para a creche”. A AFINCA também é censurada por mover ação cível e criminal contra uma das “ativistas” que afirmou publicamente que os diretores da entidade vivem a expensas da Associação. A íntegra do texto pode ser lida aqui.

Apoiada em fatos, em documentos e, acima de tudo, em coerência ética, em respeito ao Inca, à Carreira de Ciência e Tecnologia (C&T) e à enfermagem que foi usada para alavancar o movimento de uma minoria extremista e logo após abandonada por esse mesmo grupo, a AFINCA rebate abaixo as denúncias do “Plantão/Fenasps”.

A AFINCA e a “greve”

A AFINCA colocou-se contra a forma truculenta que se tenta impor uma greve que, no Inca, só existe para o autismo de um grupo sindical, tamanha baixa adesão ao “movimento”. Consequente, a Associação sabia, mesmo antes de decisão judicial e portaria ministerial, que uma instituição oncológica é toda essencial e não pode parar.

A luta pelas 30 horas, que é uma luta histórica da AFINCA, precisa se dar na Mesa de Negociação Local, ainda não instalada por conta do sindicato – que  se intitula único representante dos servidores do Inca – não concordar com a representação de outros entes sindicais e da própria AFINCA.  De outro lado, é preciso trabalho sério no Congresso Nacional afim de garantir legalmente, e para sempre, o direito da categoria. Qualquer coisa diferente disso é brincar com as expectativas da enfermagem, é jogá-la contra a população e até contra colegas.

O sindicato que tenta tomar conta do Inca tem dificuldade de sustentar o próprio discurso. Quando o auditório do HCI foi invadido por pessoas estranhas à Instituição na velha técnica de fazer volume e “formar opinião na marra”, falava-se em “30 horas!”, e “fora AFINCA!” (mas não em sua receita, objeto do desejo de entidades sindicais endividadas e investigadas pelo MPF). Depois, passou-se a falar em privatização e mudança de modelo de gestão, algo que a AFINCA denunciou primeiramente, o que publicações sérias, como a Radis, da Fiocruz, fazem questão de reconhecer.

Agora, o discurso é contra o assédio moral, contra a Copa do Mundo, por eleições diretas para Direção (vetadas pela Constituição), contra a Dilma etc. Deve ser por isso que em uma das reuniões para tentar instalar a Mesa de Negociação Local do Inca, um dos integrantes do autointitulado “comando de greve” disse que “há muito tempo que essa greve não é pelas 30 horas”.

Ouça o áudio aqui.

Aliás, se hoje muitos servidores estão em situação difícil jurídica e administrativamente, isso é resultado do termo para o fim da greve assinado por uma das líderes sindicais, em maio deste ano, que passou a atuar no Inca. A autora da assinatura foi repetidamente lembrada desse fato pelo próprio mediador do Ministério da Saúde na reunião mencionada acima.

Ouça o áudio aqui.

Semanas antes, em Brasília, na tentativa atabalhoada de impor sua vontade à força, e não pelos necessários trâmites legais, outra integrante do dito comando dissera que há servidores “que não cumprem carga horária” e que a enfermagem queria o mesmo direito.

Ouça o áudio aqui.

A AFINCA nunca atacou qualquer categoria profissional do INCA para beneficiar esse ou aquele segmento. Sempre atuou em favor de TODOS os associados. Da mesma forma, a Associação teve, tem e terá embates e negociações duras com a Direção do Inca. Por exemplo, foi a primeira a se posicionar contra a mudança de modelo de gestão. Mas tais embates sempre se deram dentro dos limites legais e em atenção à urbanidade política.

A AFINCA e a creche

Por cerca de 20 anos, a AFINCA e a Direção do Instituto tentaram obter vagas permanentes em creche. A nova Diretoria da AFINCA tratou a questão como ponto de honra. A princípio, o convênio seria feito em total parceria com a AFINCA que faria doações de materiais e medicamentos para auxiliar e facilitar a assinatura do convênio.

INCA, Nerj e Afinca acordaram que após aprovação de projeto piloto com um filho de servidor envolvido no processo de negociação, seriam destinadas 14 vagas ao Instituto, que depois, por meio de um grande esforço, foi ampliado para 20.

A creche possui critérios rigorosos. Tanto que pelo menos duas servidoras desistiram de matricular seus filhos no local, depois de encaminhadas pela CGP. A CGP, por sinal, propôs que, ante excelência do trabalho realizado, fosse a AFINCA que organizasse a entrada dos filhos dos servidores na creche. A Associação negou a oferta por, entre outras coisas, entender que essa é uma tarefa que ultrapassa o mandato da atual Diretoria e cabe à CGP essa prerrogativa. Além disso, não seria justo disponibilizar as vagas apenas para associados.

Importante ressaltar que, meses depois que o processo de seleção dos filhos de servidores teve início, seguindo estritamente os critérios da creche, ainda faltavam preencher quatro vagas, pelo menos até meados de maio. Parece haver uma preocupação em saber os filhos de quem estão na creche, e não se há vagas. É preciso lembrar que ainda se luta para ampliar esse número. Por fim, se o primeiro bebê matriculado não atendesse aos rigores do local, também lá não ficaria. A AFINCA, porém, se orgulha de, mais uma vez, ver a disputa por algo que sua Diretoria conquistou.

A AFINCA e seus detratores

No dia 27 de março, uma das “ativistas” postou o que segue em sua página no Facebook:

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A atual Direção da AFINCA TRIPLICOU a receita da Associação e conquistou mais 294 associados desde sua eleição, chegando a quase 3 mil afiliados e, pela primeira vez na história da entidade, tem as contas postadas mês a mês em seu novo site, pensado justamente para garantir transparência.

Até o momento em que as discordâncias se deram no plano das ideias, mesmo quando agressivas, a AFINCA manteve-se estrita ao debate político. No momento em que a honra subjetiva da Associação e a honra objetiva de seus diretores foram atingidas, a entidade se viu obrigada a agir civil e penalmente contra sua agressora. O mesmo será feito contra todos os que acusarem diretores de delitos nunca cometidos. Essa é uma prerrogativa dada pelo próprio Código Civil, que norteia o estatuto de entidades como a dos servidores do Inca.

A AFINCA e a verdade

Os supostos ativistas nunca representaram a base do INCA. Prova disso é a baixa adesão ao “movimento” e ainda os abaixo-assinados que circulam no Inca, um deles anexado ao processo 2014.51.01.106637-1, a Ação Civil Pública movida pelo MPF contra os grevistas, na 15ª Vara Federal da Seção Judiciária da Capital do Estado do Rio de Janeiro. Com dezenas de assinaturas, o documento fora feito antes da retirada dos “ativistas” no HCIII, na tarde desta quarta-feira, 11 (com danosas repercussões à imagem do Instituto), sob o texto: “Nós, abaixo assinados, funcionários do HCIII, registramos neste documento que o comando de greve constituído por servidores do INCA e representantes dos sindicatos de categoria não nos representam em suas ações dentro ou fora desta unidade”.

Sim, cabe mesmo aos servidores decidir quem os representam.

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Associação dos Funcionários do Instituto Nacional de Câncer

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“O legado que desejamos deixar é que a Associação seja, além de um espaço de luta pelos direitos dos servidores, também o local onde se possa acolher suas principais necessidades e de suas famílias.”
Dr. Edio Jurarez de Andrada Pereira
Sócio fundador

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