AFINCA • 24 de novembro de 2016
O discurso do governo Temer e de todos os analistas do “mercado” é que o país gasta mais do que arrecada. No entanto, nos gastos considerados por esses analistas não estão incluídos os juros e amortizações coma dívida pública brasileira, que não serão atingidos pelas medidas do governo.
Todos os anos, centenas de bilhões são subtraídos do orçamento federal para o pagamento de grande parte dos juros nominais da dívida pública – os mais elevados do mundo – e sequer sabemos quem são os credores, pois essa informação é sigilosa.
Mais algumas centenas de bilhões de reais vazam do orçamento para remunerar a sobra de caixa dos bancos, nas questionáveis operações denominadas “compromissadas” que já superam R$ 1 trilhão. Também não são revelados os beneficiários dessa despesa estimada em quase R$ 200 bilhões em 2015.
O gasto com o Sistema da Dívida tem consumido quase a metade do orçamento federal anualmente, conforme dados oficiais. Em 2015, foram destinados 42,43% do Orçamento Geral da União, ou seja, R$ 962.210.391.323,00 para juros e amortizações.
