AFINCA • 13 de maio de 2015
Uma reunião com a titular da Secretaria de Atenção à Saúde do Ministério da Saúde põe fim a meses de especulação e o Inca tem um novo diretor-geral: o médico Reinaldo Rondinelli. Mas, até quando?
Luiz Antonio Santini não é mais o diretor-geral do INCA, encerrando um ciclo de nove anos no cargo, um dos mais longos da história da Instituição. Em seu lugar assume um servidor de carreira, o médico Reinaldo Rondinelli. A decisão foi tomada no final da tarde de ontem, após uma reunião entre Santini e a nova secretária de Atenção à Saúde (a qual o Inca está subordinado) do Ministério da Saúde, Lumena Almeida Castro Furtado.
Oficialmente, Rondinelli assume a Direção-Geral a pedido do próprio Santini. Porém, a AFINCA, que alertou há poucos dias para a crise anunciada na Instituição e fazia referência a uma possível saída da atual direção do Instituto, apurou em Brasília que o Luiz Santini e o Ministério da Saúde acumulavam um histórico de atritos. O Inca parecia ter sido esquecido pelo MS e tinha muitos de seus eventos técnico-científicos simplesmente desconsiderados por Arthur Chioro.
Mas, se a saída de Santini resolve o problema de muitos, surgem outros problemas que o servidor precisará enfrentar. A aposta é que Rondinelli funcione como um diretor-geral temporário e Brasília indique um nome “de fora”, provavelmente para atender a demanda da base aliada do Governo Dilma de 169 cargos de segundo e terceiro escalões. Mas, o que esperar dessa mudança? O novo diretor estará comprometido com a mudança de modelo de gestão? Se sim, para qual modelo? Quais são os planos do Ministério da Saúde para o Inca? Ebserh? OS? Incorporação pela Fiocruz?
A AFINCA, como sempre, irá acompanhar o desenrolar dos acontecimentos e intervir em todas as esferas (políticas, administrativas e judiciais) se entender que o direito do conjunto dos servidores estiver ameaçado.