AFINCA • 15 de junho de 2015
Em reunião solicitada pelo novo diretor-geral, Paulo Eduardo Xavier de Mendonça, com a AFINCA no dia 08 de junho, ficou clara a proposta de implantar uma gestão mais participativa. O projeto é realizar o “planejamento ascendente”, através do qual serão identificados e discutidos os problemas, levantando soluções e ações de enfrentamento. Nesse sentido, Paulo Eduardo destacou seu objetivo de realizar reuniões ampliadas da direção com a participação da AFINCA.
Ao ser questionado sobre um novo modelo jurídico para o Inca, Paulo Eduardo, reconheceu que o modelo atual, administração direta, limita os avanços do Instituto e não oferece pronta resposta às demandas de uma instituição hipercomplexa como o Inca. Destacou ainda que o modelo administrativo deve favorecer o gestor com a agilidade administrativa necessária para o cumprimento de nosso objetivo maior que é prestar assistência pública de qualidade ao paciente oncológico.
Nesse contexto, Paulo Eduardo enfatizou que não identifica um modelo pronto e um novo modelo só será adequado se elaborado em um cenário de gestão participativa em que as aspirações dos servidores sejam consideradas.
Uma mudança no modelo de gestão preocupa os servidores devido a vários aspectos: privatização do Instituto, ameaça ao SUS e ameaça à carreira. A boa notícia é que o diretor-geral descartou, de forma contundente, a possibilidade do Inca se tornar uma Organização Social: “Não vamos discutir aqui dentro nenhuma modalidade que não seja pública, se não fosse isto, eu não aceitaria (…). Nas universidades, estamos dando uma pancada no modelo de OS, desmascarando os indicadores junto com o Ministério Público”, enfatizou.
Ao ponderar sobre modelos possíveis, citando o exemplo de uma universidade temática, Paulo Eduardo ressaltou que isso não seria bom para a carreira. Lembrou que foi desejo dos servidores do magistério se integrarem à C&T e que esta é uma boa carreira. Por isto, entendemos que o diretor-geral pode ser um aliado em nossa luta como servidores perante o Ministério da Saúde.
O novo dirigente é francamente favorável a um regime que conceda autonomia administrativa e política ao novo Inca, incluindo no futuro a possibilidade de eleição de gestores: “Sou amplamente favorável a um nível de autonomia tal qual as Universidades, que têm seu Conselho Superior, participação da sociedade, que tem escolha de dirigente com participação do Ministério”.
A reunião transcorreu em clima de respeito recíproco, ambos reconhecendo seus papéis, assumindo a possibilidade de surgimento de conflitos, sobre os quais Paulo Eduardo comenta: “Conflito não é problema, é produtivo”.
A atual diretoria da AFINCA continuará defendendo seus associados, defendendo a carreira de C&T e também acreditando que uma gestão participativa, ascendente, com respeito ao servidor e livre de ingerências políticas e pessoais é possível. Isso iremos cobrar!