Mesa de Negociação não é instalada e Inca se fragiliza

AFINCA • 10 de junho de 2014

Mais uma vez a Mesa Local de Negociação Permanente do Inca não foi instalada.

Prevista para esta terça-feira, 10, seria a quarta tentativa de início efetivo dos debates.


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AFINCA, em Brasília, em defesa do Inca na C&T

O Ministério da Saúde informou que um dos sindicatos que deveria indicar nomes dos representantes para a Mesa Local de Negociação Permanente, no Núcleo Estadual no Rio de Janeiro do Ministério da Saúde (Nerj), que antecede os debates no Inca e com a qual a Mesa do Instituto está atrelada, não chegou, mais uma vez, a um consenso, justificando o adiamento.

Na análise da AFINCA, isso é ruim para o Instituto: problemas específicos do Inca, como progressão, avaliação de desempenho, aposentadorias, investigação de vários tipos de assédios, discussão sobre a mudança de modelos de gestão com a possível extinção do Inca como o conhecemos, deixam de ser discutidos.

A Associação já se posicionou sobre a necessidade vencer as tensões internas, com o diálogo entre servidores, sem a intermediação do ego sindical em ano eleitoral.

Permanência do Inca na C&T em xeque

20140522_152311A não instalação da Mesa ganha contornos mais graves com as ameaças externas. O novo ministro da Ciência Tecnologia e Inovação (MCTI), Clelio Campolina, demonstrou preocupação com o que chamou “monstrengo” no interior de órgãos e entidades: a existência de várias carreiras que atravessam ministérios, exatamente o caso da Carreira de Ciência Tecnologia (C&T).

A opinião do ministro foi conhecida durante reunião entre o Fórum C&T, que reúne representantes dos servidores de C&T, e Campolina, no final do mês passado, em Brasília. “Apesar de considerarmos que o mandato do ministro pode ser temporário, não importa qual seja o resultado das eleições de outubro, sua declaração é preocupante num momento em que se tenta mudança de modelo de gestão para o Inca”, disse a presidente da AFINCA, Dalva Patrocínio, que participou do encontro.

O ministro também defendeu a aprovação da PEC 290 e do PL 2177, ambos lesivos a maioria dos servidores do C&T e que permitem, legalmente, a entrega do público ao privado. Todo o Fórum de C&T expôs posição contrária a aprovação desses projetos. O ministro disse que já está debatendo com os parlamentares envolvidos, Sibá Machado, Margarida Salomão e Izalci, visando agilizar a aprovação da PEC 290 e do PL 2177.

Mais do que nunca, é preciso ver para além da circunscrição ideológica do próprio umbigo e entender que a permanência do Inca na Carreira de C&T nunca esteve tão ameaçada.

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“O legado que desejamos deixar é que a Associação seja, além de um espaço de luta pelos direitos dos servidores, também o local onde se possa acolher suas principais necessidades e de suas famílias.”
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