O Dia Mundial da Segurança e da Saúde no Trabalho foi criado, em 2003, pela Organização Internacional do Trabalho (OIT), data escolhida em memória às 78 vítimas fatais na explosão de uma mina, em 1969, no estado norte-americano da Virginia. Em referência a esta data, no Brasil, a Lei nº 11.121/05 institui o dia 28 de abril de cada ano como o dia Nacional em Memória das Vítimas de Acidentes e Doenças de Trabalho.
Desta forma, a data tem o objetivo de relembrar empresas e trabalhadores sobre a necessidade de uma consciência global dos processos, quais os riscos e enfermidades relacionadas ao ambiente de trabalho. E assim, buscar alternativas preventivas, que garantam melhores condições em segurança e saúde no trabalho.
Segundo informação publicada no site da Organização Internacional do Trabalho (OIT), dados atualizados do Observatório de Segurança e Saúde do Trabalho (OSST) revelam que nos últimos dez anos (2012-2021), 22.954 mortes no mercado de trabalho formal foram registradas no Brasil. Apenas em 2021, foram comunicados 571,8 mil acidentes e 2.487 óbitos associados ao trabalho, com aumento de 30% em relação a 2020, segundo dados atualizados do Observatório de Segurança e Saúde no Trabalho.
Ainda, segundo o Observatório de Saúde e Segurança no Trabalho, no contexto dos países do G-20 e das Américas, o Brasil ocupa o segundo lugar em mortalidade no trabalho, atrás apenas do México, com 8 óbitos a cada 100 mil vínculos de emprego.
Na série histórica de dez anos (2012 a 2021), grande parte dos acidentes foi causada pela operação de máquinas e equipamentos (15%). Em 2021, esse percentual se manteve elevado, em 16% do total. Como em anos anteriores, acidentes ocupacionais envolvendo máquinas e equipamentos resultaram em amputações e outras lesões gravíssimas com uma frequência 15 vezes maior do que as demais causas, gerando três vezes mais acidentes fatais que a média geral.
O Observatório de Saúde e Segurança no Trabalho foi desenvolvido pela iniciativa SmartLab de Trabalho Decente, em colaboração com pesquisadores da Faculdade de Saúde Pública da USP no âmbito do projeto “Acidente de Trabalho: da Análise Sócio Técnica à Construção Social de Mudanças”.
Saiba mais em: SmartLab
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